domingo, 11 de fevereiro de 2018






Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa  semelhante confrontareis com ele? (Isaías 40.18).


Se nos pedissem para definir em poucas palavras as diferenças básicas entre o paganismo e o cristianismo, diríamos que no paganismo os deuses eram servos dos homens, ao passo que no cristianismo os homens são servos de Deus. Teoricamente, todos os cristãos sinceros concordariam que somos servos de Deus; contudo, na prática, nem sempre as pessoas procedem como tais.
Vem surgindo, de forma cada vez mais visível, uma geração de cristãos que agem como se Deus fosse servo deles. Além disso, revelando um grande poder de influência, esses grupos vêm conquistando cada vez mais adeptos. Assim, cada um precisa resolver consigo mesmo a quem quer servir, a Deus ou ao próprio ego, a Deus ou às conveniências pessoais, a Deus ou aos interesses individuais. Quando se define com clareza tudo isso, quando se dá a Deus o seu lugar devido e quando se ocupa, também, o lugar próprio dos verdadeiros servos, tudo se torna mais fácil.  Servos de Deus não o questionam, servos de Deus obedecem-no.


Há algumas situações em que a velha natureza tende a manifestar-se de modo mais forte, buscando prevalecer acima de tudo e de todos; então, os servos de Deus precisam vigiar, orar e agir com sabedoria submetendo-se inteiramente àquele que nunca falha; lembrando-se de que o tempo de Deus nem sempre é o tempo dos homens, de que os métodos de Deus nem sempre são os métodos dos homens, de que os caminhos de Deus nem sempre são os caminhos dos homens, e de que os instrumentos de Deus nem sempre são os instrumentos dos homens. O tempo de Deus e o tempo dos homens - Quem sabe mais do que Deus? Quem seria capaz de traçar caminhos melhores? Quem governa, afinal?
Moisés viveu quarenta anos no Egito. Nesse período ele estudou e tornou-se um homem culto, maduro e influente. Qualquer um diria que já era chegado o momento de realizar o trabalho para o qual ele vinha sendo preparado. Contudo, Deus o mandou para o deserto e só quando estava com oitenta anos de idade, Deus o chamou para libertar o seu povo do Egito.
Quando Jesus chegou à casa de Marta e Maria, Lázaro já estava morto. Marta  disse que isso não teria acontecido se Jesus tivesse chegado mais cedo. As palavras de Marta soam como uma repreensão sutil: “Se o Senhor não tivesse demorado, se o Senhor não tivesse deixado para vir tão tarde, Lázaro não teria morrido”. Contudo, Jesus possuía propósitos mais elevados que escapavam à percepção humana de Marta. Jesus ressuscitou a Lázaro e o nome de Deus foi glorificado por causa disso.
Os métodos de Deus e os métodos dos homens – Pessoas há que se julgam superiores e acham que todas as coisas precisam ser feitas como julgam que devam ser feitas. Há, no segundo Livro dos Reis, o registro da atitude de um homem que era leproso, cujo nome era Naamã, e que foi a Israel para ser curado. Quando procurou Eliseu, o homem de Deus lhe mandou um recado para lavar-se sete vezes no Jordão. Naamã ficou indignado com o fato de não ter sido recebido com a esperada pompa, e com a instrução para lavar-se no rio Jordão, pois, segundo ele, em sua terra havia rios bem melhores que o Jordão. Felizmente, para Naamã, seus oficiais o convenceram a experimentar o método de Deus. Essa foi a sua salvação. Ele foi, lavou-se, conforme a instrução, e ficou curado.
No segundo livro de Samuel, lemos sobre a tentativa de Davi de levar a Arca da Aliança para Jerusalém. Nos livros de Êxodo e Levítico aprendemos que o método que Deus prescreveu para os homens transportar a Arca era com duas varas passadas pelas quatro argolas que ficavam nos cantos da Arca. Davi, contudo, quis inovar e criou um método aparentemente melhor, imitando os filisteus. Ele transportou a Arca em um carro de boi. O método de Davi não funcionou e, por essa razão, morreu Uzá. Foi um erro achar que imitar os filisteus era melhor que obedecer a prescrição de Deus.
Os métodos de Deus são, portanto, preferíveis aos métodos dos homens. Os caminhos de Deus e os caminhos dos homens – Alguns vivem murmurando, lamentando por tudo que acontece; mas nem sempre atentam para o resultado final das coisas. No Salmo 139, Davi diz que Deus escreveu e determinou em seu livro todos os dias dos homens. A pergunta é: Quem seria capaz de traçar um caminho para a sua vida melhor do que aquele determinado pelo Pai da Sabedoria? Assim, quando as pessoas lamentam e murmuram contra as circunstâncias que Deus permite que passem, elas, na verdade,  estão lamentando contra Deus.
O livro de Gênesis registra a história de um homem chamado José. Que caminhos difíceis são percorridos por esse homem! Ele foi vendido como escravo, foi vítima de calúnias e falsas acusações e passou por tudo aquilo que um ser humano normal jamais planejaria passar.  Contudo, foi assim que ele foi para o Egito, onde se tornou um grande administrador e pôde salvar o seu povo.
O maior crime que a humanidade já cometeu foi o de ter assassinado Jesus Cristo. Não apenas por causa da crueldade, mas principalmente porque ele não tinha pecado algum. Pois bem! Assim como Deus transformou o sofrimento de José na salvação de seu povo, também transformou a morte de Cristo na maior bênção para a humanidade. A pergunta é: As pequenas coisas, aparentemente más que nos acontecem, Deus não poderia transformá-las em bênçãos para a nossa vida?
Os instrumentos de Deus e os instrumentos dos homens – Às vezes, não pelos canais competentes e muito menos pelo modo bíblico e correto, as pessoas rejeitam e criticam os instrumentos por meio dos quais Deus dirige a sua obra. Criticam, de igual forma, as instituições, presbitérios, Sínodo, etc. Quem, dentre os discípulos de Jesus, poderia imaginar que Paulo viria a ser o instrumento que foi nas mãos de Deus? Pelo contrário, logo após o seu chamado, praticamente todos se recusaram a recebê-lo.  Quem imaginaria que um homem rude como Pedro viria a ser um dos principais dos apóstolos? Isso quer dizer que esses instrumentos de Deus estão acima de qualquer crítica? Naturalmente que não. A Palavra de Deus registra que quando Pedro tornou-se repreensível, Paulo resistiu-lhe face a face. Isso, porém, deve ser feito diretamente àqueles que merecem a repreensão, e não a terceiros.
No caso de instituições, há sempre os canais competentes. Conclusão: Tudo isso mostra a total dependência que os cristãos têm de Deus, e ensina o quanto se deve ser ponderado antes de emitir uma opinião ou antes de se tomar uma atitude. Os servos de Deus devem agir de acordo com a verdade revelada nas Escrituras, e não reagir induzidos pelas circunstâncias.  Posto que o tempo de Deus é o tempo certo, que os métodos de Deus são os melhores, que o caminho de Deus é melhor que os caminhos dos homens, e que os instrumentos de Deus são melhores que os instrumentos dos homens, age-se bem quando se age movido por essa diretriz.
Recentemente, recebi um e-mail contando a seguinte história: “Certa noite, há poucos dias, fui com um amigo à banca de jornais. Ele comprou o jornal, agradecendo cortesmente ao jornaleiro. Este, nem se abalou. - “Camarada mal educado, não é?”, comentei. - “Ah, ele é sempre assim!”, respondeu meu amigo. - “Nesse caso, por que continua sendo cortês com ele?”, indaguei. - “Por que não?”, perguntou meu amigo por sua vez, concluindo: “Por que iria eu deixar que ele decidisse como eu devo agir?””. Que atitude é a correta: Agir de acordo com nossos princípios cristãos, e com o conhecimento que temos de Deus; ou reagir de acordo com as circunstâncias? Naturalmente, todos dirão que o correto é agir conforme os princípios cristãos. Contudo, é constrangedor notar que, embora todos saibam o certo, nem todos procedem de forma correta.  Infelizmente, é tão comum observar as pessoas reagindo conforme as circunstâncias que isso já não causa estranheza.
O que chama a atenção é quando alguém age conforme os princípios bíblicos. “Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade. Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Descansa no SENHOR  e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios. Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal” (Sl. 37:3-8).

Por: Rev. Sebastião Machado Arruda
Fonte: ipcb.org.br

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“3(...) Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.” (Apocalipse 15.3b-4). “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” (Apocalipse 21.5) "​Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. ​E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." (Apocalipse 21.3-4). "Firme está o meu coração, ó Deus! Cantarei e entoarei louvores de toda a minha alma." (Salmo 108.1). “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.” (I João 4.9) "(...) Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?". (I Coríntios 15.54b, 55)

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